ANARQUIA CRISTÃ E A MENTIRA DA VOLTA DE
JESUS
INTRODUÇÃO
ANARQUIA CRISTÃ
Para a
gente começar a falar de anarquia dentro do cristianismo, precisamos pontuar
como pensar a anarquia nos dias atuais.
A utopia
de um tipo de governo sem hierarquia, ou seja, sem um homem governando outro
homem.
O que nos
faz pensar....
Há uma
controvérsia entre o uso da política no meio cristão e consequentemente no
mundo ao seu redor.
A política
é a relação entre as pessoas numa “polis”, então, o cidadão se vê obrigado a
tomar partido nas decisões tomadas pelas autoridades no que diz respeito ao
povo.
Mas, pra
um anarquista, nenhum homem tem capacidade moral pra tomar as decisões que a população
precisa.
Um homem
ou um grupo de homens tem IMPERFEIÇÕES que nos levam aos erros cometidos ao
longo da história humana, por isso, o anarquismo propõe o fim da hierarquia.
Dois pontos
nos levam a essa conclusão: o primeiro é a própria consciência moral do ser
humano e o outro é a tendencia NEFASTA das politicas humanas de COMBATE.
Segundo Vernard
Eller, em seu livro “ANARQUIA CRISTÃ, a política humana precisa de um arque inimigo.
É uma
prática comum, chamada de “maniqueísmo “, onde a posição politica se coloca
como “deus” e a verdade absoluta e seus detratores são o “diabo” e o mal encarnado.
Segundo Eller,
é uma redução colocar o evangelho dentro desse campo limitado de pensar político
mundano, uma vez que esse modelo visa o confronto e não o geral como o
evangelho prega.
A politica
mundana prega a superioridade moral de um grupo sobre o outro, quando o
evangelho prega o oposto.
O que tem
de ficar claro é a repulsa à politica PARTIDÁRIA, que segrega e divide quando o
evangelho une e redime.
Há alguns
anos, esse maniqueísmo, típico da política americana, não faria muito sentido
no Brasil plural e multirracial, mas... infelizmente, nosso país vive num clima
beligerante e altamente maniqueísta.
Duas correntes
contrárias polarizam a opinião pública, a ponto de quem não se posicionar de um
lado ou de outro ser chamado de APOLITICO.
Meu desafio
nesse momento é diferenciar a ideia anarquista cristã brasileira das versões europeias
e americanas, dando um toque brazuka, com uma pitada de pacifismo.
JESUS NÃO VAI VOLTAR
Eu fico
me perguntando, o que se passa na cabeça dos crentes do século 21?
Criou se
uma teoria CATÓLICA durante a idade media de um evento mundial sobre a volta de
Jesus.
Claramente,
a igreja perde poder e precisa recuperar esse poder a todo custo.
Aliada a
esse fato, a reforma protestante trás um novo modelo econômico, o CAPITALISMO,
que trás a ilusão do enriquecimento pelo trabalho.
Pano de
fundo perfeito para que o povo SE ACOMODE em seu estado social, uma vez que a
justiça VIRÁ DAS NUVENS.
De um
lado, a igreja prega um evento onde o redentor virá nas nuvens e todo o olho
verá, uma VOLTA DE JESUS.
Por outro
lado, os reformistas vendem a ilusão de uma liberdade econômica conquistada
pelo capital. Quadro perfeito.
Você espera
a vinda do libertador e não questiona as diferenças abissais entre ricos e
pobres.
Filha dessa
aberração, nasce a interpretação escatológica de apocalipse.
Chovem
anticristos, papas, governos, sinais e as mais malucas datas do fim do mundo.
Um monte
de livros foi escrito com as mais variadas interpretações da volta de jesus.
Datas estabelecidas, seitas criadas com o propósito de serem os escolhidos.
Minha geração
consumiu a trilogia ‘left behind”.
Chegou ao
ponto de se criar um adesivo que circula nos carros americanos, “perigo, carro
sob risco de arrebatamento”.
Essa
questão me remete à dois tópicos rapidamente, o que de real tem na sua
conversão e existe alguma força capaz de rivalizar com Deus?
O que passa na cabeça do povo evangélico?
Crentes
procurando o diabo mais do que o próprio Cristo.
Durante o
final do segundo século Antes de Cristo nasce um gênero literário chamado “APOCALIPSISMO”
pelos acadêmicos, por causa da característica toda contida no livro de
apocalipse.
Esse
gênero literário se baseia numa justiça IMEDIATA do maschiac onde ele vinga
Israel contra Roma tendo como inspiração JUDAS MACABEU, que consegue a independência
de Israel à força, e esse evento está descrito no livro de Macabeus.
Juntando
a isso temos a interpretação das 70 semanas de Daniel a se cumprir no período do
primeiro século, como cenário perfeito para o cumprimento dessa profecia.
Esse gênero
literário inclusive é a base pra passagem das pessoas entregarem seus bens aos
pés dos apóstolos, uma vez que o cumprimento seria IMEDIATAMENTE e não num futuro
vindouro.
Há um
outro detalhe bem importante pra incrementar essa história, o próprio apocalipse
fala claramente da CIDADE DE ROMA, e não uma potestade política ou religiosa.
Uma pergunta
martela na minha mente, SERÁ QUE O CRENTE NÃO ENTENDEU SUA PROPRIA CONVERSÃO?
Vocês
querem ser arrebatados para um reino que já fazem parte?
O que
fala ATOS 15? Qual foi seu discurso em sua conversão?
Você já foi
arrebatado amigo...
Outra coisa
importante, onde Jesus se refere a um evento mundial?
A conversão
é INDIVIDUAL, Deus é individual, de onde tiraram esse evento mundial, onde Deus
julga as escolhas de cada um?